quarta-feira, 7 de abril de 2010

As deusas não são de Vênus nem os deuses são de Marte!


Acordei pensando numa conversa sobre dualismo, na qual as deusas (mulheres) seriam de um Planeta ligado aos segredos do Amor e da beleza (Vênus), enquanto os deuses (homens) seriam provenientes de Marte, Ares, arquétipo da guerra e da destruição.
Mais uma vez, os arquétipos reducionistas, que apelam para a colocação da mulher no espaço privado da alcova, negando-lhes a plenitude! Sim, negar a guerra às deusas é reduzir a expressão de suas essências de completude.
Lembrando, claro, que essa dicotomia está presente na estrutura arquetípica grega, porque a mitologia celta está recheada de deidades que literalmente "vão à luta". Macha, Morrighu, Cerridwen, Maeve, todas elas dignificam multiplicidade de atributos, e não o encarceramento em torno de uma proposta de sublimação dos sentimentos ancestrais relacionados à guerra.
Portanto, nada de Marte ou Vênus, somos todas vindas do Cosmos, aqui e agora!

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