Acordei pensando numa conversa sobre dualismo, na qual as deusas (mulheres) seriam de um Planeta ligado aos segredos do Amor e da beleza (Vênus), enquanto os deuses (homens) seriam provenientes de Marte, Ares, arquétipo da guerra e da destruição.
Mais uma vez, os arquétipos reducionistas, que apelam para a colocação da mulher no espaço privado da alcova, negando-lhes a plenitude! Sim, negar a guerra às deusas é reduzir a expressão de suas essências de completude.
Lembrando, claro, que essa dicotomia está presente na estrutura arquetípica grega, porque a mitologia celta está recheada de deidades que literalmente "vão à luta". Macha, Morrighu, Cerridwen, Maeve, todas elas dignificam multiplicidade de atributos, e não o encarceramento em torno de uma proposta de sublimação dos sentimentos ancestrais relacionados à guerra.
Portanto, nada de Marte ou Vênus, somos todas vindas do Cosmos, aqui e agora!
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