segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Federalização de crimes contra os direitos humanos é tema de debate na UnB

A UnB será espaço para o Seminário Federalização dos Crimes Contra os Direitos Humanos no Brasil, a ser realizado na quarta-feira, 8 de setembro, das 8h30 às 12h30, no auditório da Reitoria da UnB. Aberto à comunidade. Posto abaixo parte da notícia.

A federalização do julgamento de crimes assim ocorre quando o julgamento passa das esferas locais para a Justiça Federal. A professora Nair Bicalho, coordenadora do Núcleo de Estudos para a Paz e os Direitos Humanos (NEP), fundado em 1986, na UnB, explica que a medida diminui as chances de influências externas sobre decisões judiciais, assegurando, assim, o cumprimento da lei. “Casos de ameaças e suborno de juízes que julgam casos em tribunais na mesma região em que o crime ocorreu não são raros”, afirma.

Hoje, no Brasil, a federalização dos crimes graves contra os direitos humanos depende de um mecanismo previsto na Emenda Constitucional 45/2004, que trata da Reforma do Judiciário. É o Índice de Deslocamento de Competência (IDC). “O Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisa se há algum risco de descumprimento aos tratados internacionais em que o Brasil é signatário, como a Carta Americana de Direitos Humanos”, conta a professora e advogada Soraia Mendes, pesquisadora do NEP.

Um dos pontos mais polêmicos no debate é se a federalização no Brasil deveria ser direta – ou seja, sem passar pelo STJ – ou não. “Se for direta, ela se torna mais efetiva”, defende Soraia. “Um mecanismo de avaliação do caso é importante”, observa o reitor José Geraldo de Sousa Junior, que participará da mesa de abertura do seminário. O encontro ainda contará com a presença do ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, entre outros.

Um comentário:

Unknown disse...

Olá, Alessandra!
Estive presente ao seminário e foi otimo, a professora Flavia Piovesan falou sob o tema com muita propriedade.Achei maravilhoso você ter postado esta informação, pois precisamos sempre estar em sintonia com o que está acontecendo nos tribunais. Abraços