segunda-feira, 14 de março de 2011

A parte mais absurda do texto...

O que mais choca - além do sentido de proteção ao perfil "chocadeira", claro - diz respeito à manifestação nos seguintes termos: “A mulher é a grande responsável pela maternidade”, pois, no recorte de gênero, aponta para a responsabilização desigual, não equânime, reproduzindo o discurso patriarcal e patrimonialista do direito, bem como dos operadores do direito. Uma seta incidental na repartição de tarefas que, segundo se deflui da leitura superficial da manifestação, toma a mulher como ponto-chave de uma dimensão assimétrica.

Mais adiante, completa, selando com chave de ouro a representação de assimetria de gênero “pois é ela quem alimenta o filho durante a fase intrauterina, e quem tem a responsabilidade do cuidado com o filho”. Qual o problema dessas frases todas?

Dentro da temática de gênero DESCONSIDERAM outras percepções da dimensão do feminino que NÃO SE SUBSUMAM ao modelo procriativo. Explicando em linhas mais claras, dentro de um recorte de emancipação, não se pode tomar como "destino" de uma mulher a maternidade, pois ela é tida como opção, e não essencializada por conta da diferenciação genitália e fisiológica.

Isso seria reduzir a complexidade feminina a uma mera expressão biologicista, incompatível com o modelo de racionalidade que nos conduziu para a tomada de decisões, bem como para o empoderamento e a autonomização....

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